No dia 10 de março de 2016 foi realizado o I FILM. O encontro teve lugar em Lisboa, no Palácio Foz, local que até à extinção do Gabinete Meios de Comunicação Social, um dos membros fundadores, acolheu as reuniões do GILM. Este é um FILM com características únicas, que o distingue de todos os outros.
O evento contou com a participação de cerca de 30 pessoas, peritos e representantes de instituições com trabalho na área da educação para os media e na promoção da literacia mediática, dos mais variados domínios: bibliotecas, cidadania, cinema, consumidores, educação formal e informal, jornalismo, juventude, publicidade e universidades. Essas pessoas responderam a um convite feito pelo próprio GILM, que identificou uma lista de potenciais interessados e os convocou para este primeiro Fórum, deixando em aberto a possibilidade de integração de todos os que viessem a manifestar interesse.
Na síntese então enviada aos participantes, referiam-se quatro pressupostos que conduziram à criação dos FILM:
a) Sintonia em torno de grandes princípios relacionados com a literacia sobre os media: leitura e compreensão críticas e expressão competente através dos media; uma perspetiva multidimensional e inclusiva e não circunscrita à escola; inserção numa rede de experiências internacionais.
b) Necessidade e vontade de colaboração interinstitucional, de congregar pessoas e entidades e de inscrever estas preocupações nas respetivas agendas, tendo em conta a multiplicidade de projetos avulsos.
c) Salvaguarda da autonomia de cada parceiro; possibilidade de interconhecimento e de parcerias.
d) Noção da prestação de serviço público.
Em termos necessidades futuras, os presentes referiram:
– Tirar partido das sinergias – dificuldades e potencialidades – que se criam através do alargamento do círculo de entidades e pessoas interessadas na educação para os media;
– Envolver novos atores (ex. terceira idade) e novas áreas (ex. saúde);
– Adotar uma perspetiva multidimensional em relação aos media que abranja a tecnologia, os jogos, os filmes, a informação, os media escolares;
– Desenvolver e confiar mais no trabalho em rede, formal e informal, procurando uma melhor e maior articulação;
– Intervir nos processos dos legisladores, criando dinâmicas novas entre quem quiser colaborar.
Depois de um momento introdutório, de enquadramento sobre a criação do FILM, cada um dos participantes teve oportunidade de fazer uma breve apresentação sobre o seu interesse e o seu trabalho na área da literacia mediática, bem como sobre as suas expetativas em relação à possibilidade de colaborar com outros interessados.
A esse primeiro momento seguiu-se um debate (com uma segunda volta a todos os presentes), com o intuito de identificar desafios para a área da Literacia Mediática para o período 2016-2020. Conforme constou da síntese do encontro, sobressaíram os seguintes:
No final do encontro, todos os participantes manifestaram interesse e disponibilidade para participarem neste Fórum, a reunir uma ou duas vezes por ano.
Entretanto, o GILM retoma a execução do plano de atividades 2016 que, além da 4ª edição da operação 7 dias com os media , nesse ano incluiu também a preparação da organização do IV Congresso Literacia, Media e Cidadania, e da 5ª edição da operação 7 dias com os media.
Essa agenda acabaria por desviar o GILM da concretização do FILM nos termos inicialmente previsto. Retomando a ideia das colaborações com parceiros externos ao grupo, em novembro de 2017 realiza-se o II FILM , sob a forma de um debate aberto sobre o tema “Internet, proteção de dados e Literacia dos Media”, uma iniciativa promovida em articulação com a Comissão Nacional de Proteção de Dados.